
Museu de Zoologia da
Universidade Federal da
Bahia – o MZUFBA, tem sua origem na antiga
“Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras”,
criada em 1943, com a incorporação da
Coleção de
borboletas do Dr. Pedro de Araújo. Esta
coleção, com cerca de 1000 exemplares, é
predominantemente oriunda do sul do Brasil, mas
há representantes de todo o País.
Os mestres da época, Dr.
Jones Seabra,
Dr.
Eduardo Araújo Filho e seus assistentes,
organizaram coleções que serviam de apoio ao
ensino da Zoologia, mas os eventos que marcaram
novos incentivos à formação de coleções
científicas foram, respectivamente, os cursos de
"Crustáceos e Equinodermes”, em 1969, ministrado
pelo Dr. Sérgio de Almeida Rodrigues da
Universidade de São Paulo – USP, a criação da
Estação de Biologia Marinha (hoje extinta) no
mesmo ano e do Instituto de Biologia em 1970. No
início dessa década, alguns alunos recém formados
pela UFBA seguiram as pegadas da denominada
“Geração Cousteau”, dedicando-se na Universidade
de São Paulo ao estudo de diversos organismos
marinhos (esponjas –
Solange Peixinho,
cnidários – Vera Maria Costa Dube,
moluscos – Rita de Cássia Farani Assis,
crustáceos – Edílson Pires de
Gouvêa, peixes
–
Virgínia Almeida) dando
continuidade à formação de importantes coleções
científicas.
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A partir da década de 1980, impulsionado, de
um lado pela predominância de professores
especialistas no meio marinho,
e de outro pelos trabalhos de levantamento
faunístico e avaliação de impactos
ambientais terrestres, o Departamento de
Zoologia passou a priorizar a aquisição
de novos professores pesquisadores com
formação ligada aos ambientes
terrestres. Deste modo, foram iniciadas
as coleções de aranhas, escorpiões,
morcegos e serpentes no antigo LAP (Laboratório de Animais Peçonhentos). Vale
também ressaltar a contribuição de
diversas consultorias realizadas pela
coordenadora do Laboratório de
Malacologia e Bentos (LAMEB), Dr.a
Marlene Campos Peso de Aguiar, no crescimento das coleções
de invertebrados marinhos do Estado da
Bahia, em especial da Baía de Todos os
Santos.
Por volta do ano 2000, a crescente
formação e organização de coleções
trouxe à tona uma importante carência do
Departamento então observada naquele
momento: a falta de taxonomistas e
sistematas, tanto de vertebrados quanto
de invertebrados, fossem eles voltados
ao meio marinho ou terrestre.
Impulsionado por esta demanda, o
Departamento de Zoologia no ano de 2002
contratou dois profissionais nesta linha
de pesquisa: um herpetólogo (anfíbios) –
Dr.
Marcelo
Felgueiras Napoli e um
entomólogo (insetos: Diptera) – Dr.
Luíz Augusto
Mazzarolo.

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