

coleção de poríferos (esponjas)
foi iniciada pela Dr.a
Solange
Peixinho no início da década de 1970, com
coletas de Demospongiae na zona de entremarés em
Salvador (Bahia), na Baía de Todos os Santos
(BTS), especialmente na Baía de Aratu, antes da
implantação do complexo de indústrias na área,
como parte da programação da extinta Estação de
Biologia Marinha da UFBA, então sob o comando do
Dr. Sérgio de Almeida Rodrigues e do Prof.
Antônio Lima de Brito, com suporte financeiro da
antiga SUDENE. A este pequeno acervo inicial
foram incorporados mais de 300 exemplares de uma
coleção de esponjas calcárias, coletadas com
dragas predominantemente no norte e no nordeste
do Brasil por Marc Kempf, na época pesquisador
do Instituto Oceanográfico de Recife, com alguns
representantes do Rio de Janeiro. A maioria do
material foi obtida em coletas realizada por
diversas expedições, a saber: Calypso (1961),
Canopus (1965-1966), Akaroa (1965), Recife
(1966-1967), Saldanha N-NE I (1967), Saldanha
N-NE II (1968), Saldanha E-I (1968), Saldanha,
Pesca N (1968), Pernambuco (1969), Itamaracá
(1969), Saldanha, Geomar I (1969) e Paraíba
(1969). Alguns tipos primários fazem parte desta
coleção.
Nos primeiros anos da década de 1980, projetos
financiados pelo CNPq, permitiram o aporte de
novos materiais, predominantemente da BTS e
pertencen-
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tes à Classe Demospongiae. Esponjas do
infralitoral raso começaram a ser coletadas por
então alunos da UFRJ, particularmente Eduardo
Hajdu e Guilherme Muricy [hoje, ambos
Professores do Museu Nacional], como parte de uma
colaboração estabelecida entre os Departamentos
de Zoologia (UFRJ/UFBA). Foi no início da
década de 1990 que a coleção aumentou
consideravelmente, devido aos trabalhos
realizados ao norte da BTS, com suporte
financeiro da PETROBRÁS (1992; 1994-1996), assim
como resultante de trabalhos de consultoria
ambiental (CETREL/UFBA). Na atualidade, além
de participação em diversos projetos de
consultoria sobre a qualidade ambiental, cujos
recursos são captados pelo Laboratório de
Malacologia e Bentos (LAMEB/UFBA), merecem
destaque as coletas mais recentes de esponjas
voltadas para a pesquisa de novas substâncias,
principalmente com a parceria estabelecida com a
equipe nacional coordenada pelo Dr. Roberto
Berlinck, pesquisador do Instituto de Química de
São Carlos (USP).
A coleção conta atualmente com cerca de
4.000 exemplares, oriundos de costões
rochosos, recifes de coral, praia,
manguezal, infralitoral inconsolidado e
alguns representantes de ambientes
límnicos,
em profundidades variando de zero a 70
metros. Há representantes das
duas subclasses Calcinea e Calcaronea e
representantes de cerca de 11 ordens de
Demospongiae.

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